Historia

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domingo, 28 de novembro de 2010

Revisão UFRN 2011 – Parte Final (Objetivas)

1. Em março de 1947, Harry Truman, presidente dos Estados Unidos, apresentou as diretrizes da sua política externa, solicitando aprovação de recursos para auxílio econômico e militar para a Grécia e a Turquia, então ameaçadas, segundo ele, por atividades conduzidas pelos comunistas. Em junho de 1947, o Secretário de Estado, George Marshall, apresentou o programa norte-americano de apoio aos países europeus que enfrentavam sérios problemas econômicos, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, ofertando cerca de US$ 13 bilhões para reativação de suas atividades econômicas.

A partir da leitura do texto, pode-se afirmar que os Estados Unidos, após a Segunda Guerra Mundial,

a) buscavam fortalecer a economia de alguns países europeus para evitar a expansão do comunismo.

b) propunham o desarmamento em escala mundial, como única forma de recuperar a economia europeia.

c) planejavam cobrar pesados impostos dos cidadãos europeus, como compensação à ajuda prestada.

d) faziam gestões diplomáticas para garantir o entendimento entre todos os países europeus.

e) mantinham-se isolados dos problemas internos dos países europeus.

2. Quando foi outorgada, em 1937, a Constituição conhecida como Polaca, tropas policiais cercaram o Congresso, sem encontrar resistência. Getúlio Vargas, em discurso, justificou o Estado Novo: “(...) mantido pelo poder constituinte da nação, o governo continuou, no período legal, a tarefa de restauração econômica e financeira, e procurou criar atmosfera de serenidade e confiança para atender às justas reivindicações das classes trabalhadoras. Quando os partidos políticos se dissolveram, haviam perdido sua razão de ser. Hoje, o governo não tem mais intermediários entre ele e o povo. Há, sim, o povo, no seu conjunto, e o governante, dirigindo-se a ele, de modo que o povo, se sentindo amparado nas suas aspirações e nas suas conveniências, não tenha necessidade de recorrer a intermediários para chegar ao chefe de Estado”.

Antonio Pedro Tota. O Estado Novo, 1991. Adaptado.

Sobre o discurso de Vargas, é INCORRETO afirmar que

a) legitima a soberania do Estado com a personalização do poder: O chefe é a própria Nação.

b) define a forma autoritária do exercício do poder com a extinção dos partidos políticos.

c) reforça, com um tom paternalista, a relação direta do povo com o Estado.

d) acentua a necessidade de paz e harmonia para atender às aspirações dos trabalhadores.

e) atribui o fechamento do Congresso à auto-extinção dos partidos políticos.

3. O presidente João Goulart, após tentativas fracassadas para realizar reformas por meios democráticos, aliou-se a grupos de esquerda. No comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964, se comprometeu a dar início à reforma agrária – principal tema de discórdias. No entanto, alguns empresários, militares, governadores e parlamentares planejavam o golpe militar, ocorrido em 1º de abril. Não se tratava mais de saber se as reformas seriam ou não implementadas. A questão central era a tomada do poder e a imposição de projetos. Os partidários da direita tentavam impedir as alterações econômicas e sociais, sem respeitar as instituições democráticas, para defender seus interesses e privilégios. Os grupos de esquerda exigiam as reformas, inclusive com o sacrifício da democracia. Entre a radicalização da esquerda e da direita, uma parcela ampla da população brasileira apenas assistia aos conflitos – em silêncio.

Jorge Ferreira. Sexta feira 13 na Central do Brasil, 2004. Adaptado.

A partir do texto, pode-se afirmar que, para o autor,

a) o presidente João Goulart conspirou com políticos moderados para realizar a reforma agrária.

b) os partidos de esquerda radicalizaram suas ações porque contavam com o apoio ativo de grande parcela da população brasileira.

c) a posição de alguns governadores e parlamentares foi de indiferença em relação ao comício de 13 de março de 1964.

d) a radicalização política de 1963 a março de 1964 não teve como protagonistas setores ligados ao meio empresarial.

e) a democracia não era considerada essencial para a efetivação dos interesses políticos em confronto.

4. Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu:

“... a política se orienta não mais pela vontade popular livremente manifesta, mas pelos caprichos de um número limitado de indivíduos sob cuja proteção se acolhem todos quantos pretendem um lugar nas assembléias estaduais e federais”.

A crise nacional, 1925.

De acordo com o texto, o autor

a) critica a autonomia excessiva do poder legislativo.

b) propõe limites ao federalismo.

c) defende o regime parlamentarista.

d) critica o poder oligárquico.

e) defende a supremacia política do sul do país.

5. Em três momentos importantes da história européia – Revoluções de 1830-1848, Primeira Guerra Mundial de 1914-1918, e movimentos fascista e nazista das décadas de 1920-1930 – nota-se a presença de uma força ideológica comum a todos esses acontecimentos.

Trata-se do

a) totalitarismo.

b) nacionalismo.

c) imperialismo.

d) conservadorismo.

e) socialismo

6. Existem semelhanças entre as ditaduras militares brasileira (1964-1985), argentina (1976-1983), uruguaia (1973-1985) e chilena (1973-1990).

Todas elas

a) receberam amplo apoio internacional tanto dos Estados Unidos quanto da Europa Ocidental.

b) combateram um inimigo comum, os grupos esquerdistas, recorrendo a métodos violentos.

c) tiveram forte sustentação social interna, especialmente dos partidos políticos organizados.

d) apoiaram-se em idéias populistas para justificar a manutenção da ordem.

e) defenderam programas econômicos nacionalistas, promovendo o desenvolvimento industrial de seus países.

7. Juscelino Kubitschek governou o Brasil de 1956 a 1961, época caracterizada pelo nacional-desenvolvimentismo, que gerou otimismo e euforia na vida brasileira. No seu governo,

A) a divisão da renda nacional corrigiu as desigualdades sociais e as disparidades regionais por meio das reformas estruturais empreendidas.

B) o crescimento acelerado da produção industrial apoiou-se no capital privado nacional, fechando o país para o capital estrangeiro.

C) a Companhia Siderúrgica Nacional foi criada, contribuindo, de forma decisiva, para a posterior implantação da indústria automobilística.

D) a capital federal foi transferida do Rio de Janeiro para o Planalto Central, afastando o governo da União das pressões populares.

8. A formação do território do atual estado do Rio Grande do Norte está relacionada à

A) fixação da população de origem européia no litoral, dedicada à exploração do pau-brasil, e a ocupação do sertão visando à extração do sal marinho.

B) consolidação do domínio português, após a expulsão dos holandeses do litoral, e às expedições que penetraram no interior à procura de metais preciosos.

C) ocupação da faixa litorânea pela lavoura da cana-de-açúcar, e da zona do interior, na qual, inicialmente, era praticada a criação do gado.

D) expulsão dos índios do litoral pelos donatários da capitania, na “Guerra dos Bárbaros”, e à indústria açucareira nos vales do Apodi – Mossoró e do Piranhas –Açu.

9. O incremento da produção de açúcar e de algodão no Rio Grande do Norte, nas décadas de 1850 e 1860, favoreceu o crescimento de muitos povoados, que passaram a contar com administrações próprias. Entre as cidades que ganharam maior expressão nessa fase de crescimento econômico, destaca-se

A) Nova Cruz, que, favorecida pelos investimentos das oligarquias locais, recebeu as primeiras usinas de beneficiamento do algodão.

B) Parnamirim, que, em virtude de sua localização privilegiada, perto da capital, passou a abrigar os armazéns de algodão e açúcar.

C) Açu, que, situada num vale muito fértil, tornou-se um dos principais produtores nordestinos de algodão e cana-de-açúcar.

D) Mossoró, que, em razão da decadência do porto de Aracati, no Ceará, tornou-se um importante centro comercial exportador de algodão.

10. Em 30 de outubro de 1929, no jornal A República, Luís da Câmara Cascudo escreveu uma crônica sobre a Cidade do Natal, afirmando:

Oficialmente existe a Cidade do Natal há trezentos e trinta anos. Relativamente parece com este titulo há oito ou nove anos. Ou melhor, imita cidade recém-fundada se o enviesamento das artérias não denunciasse a velhice.

CASCUDO, Luís da Câmara. Crônicas de origem: a Cidade do Natal nas crônicas cascudianas dos anos 20. Organização e estudo introdutório de Raimundo Arrais. Natal: EDUFRN – Editora da UFRN, 2005. p. 139.

A afirmação de Cascudo expressa um confronto entre duas dimensões da Cidade do Natal, perceptíveis no final dos anos 20, e se relaciona à

A) melhoria das construções da cidade, com a demolição dos cortiços no bairro da Ribeira, a abertura de ruas e a edificação de residências elegantes naquela área.

B) modificação dos métodos de administração da cidade, com estímulo à participação popular e criação de comissões em cada um dos bairros.

C) adoção de ações urbanísticas inspiradas nos princípios de higiene e embelezamento, incluindo abertura e calçamento de ruas e melhoria das ligações entre os bairros.

D) construção de uma ponte de ferro, usando-se tecnologia inglesa, para ligar as duas margens do rio Potengi, de modo a integrar os bairros da Zona Norte à área central.

11. Em uma cerimônia cívica realizada no Rio de Janeiro, em dezembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas participou da queima e da destruição das bandeiras estaduais e do hasteamento do pavilhão nacional. O cartaz abaixo foi divulgado no período e ilustra uma das diretrizes do governo Vargas, expressa também na cerimônia referida.

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Essa cerimônia pode ser simbolicamente identificada com o desejo de Vargas de

A) demonstrar que o poder forte centralizado havia liquidado a força política dos coronéis em todos os estados da Federação.

B) afrontar as lideranças políticas do Congresso Nacional, por ele considerado um órgão inoperante e distanciado dos interesses vigentes nos estados da Federação.

C) distribuir a renda nacional de acordo com as necessidades da população, minimizando as disparidades entre trabalhadores e empresários dos diferentes estados brasileiros.

D) instituir um Estado Nacional unificado em torno de padrões nacionais, em oposição às unidades federadas dominadas pelos interesses das oligarquias.

GABARITO:

1.E /2.A /3.E /4.D /5.B /6.B /7.D /8.C /9.D /10. C /11.D

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