Historia

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Revisão Geral – Módulo 1: Grécia e Roma


Questão 1

(UFRN) Felipe II, rei da Macedônia, conquistou a Grécia. Seu filho Alexandre, o Grande, consolidou as conquistas do pai e expandiu o Império em direção à Ásia, chegando até a Índia. Na perspectiva histórica, a obra de Alexandre e de seus sucessores imediatos foi importante porque

A) substituiu a visão mística do mundo, presente nos povos orientais, pelo conhecimento intelectual proveniente da razão e do raciocínio lógico.

B) favoreceu a difusão do modelo político das cidades-estados da Grécia pelas regiões conquistadas no Oriente, estimulando um governo fundamentado na liberdade e na democracia.

C) suplantou o poder despótico predominante nos grandes impérios orientais, os quais atribuíam aos governantes uma origem divina.

D) possibilitou o intercâmbio de culturas, difundindo as tradições gregas nas terras do Oriente, enquanto as mesopotâmicas, egípcias, hebraicas e persas expandiam-se para o Ocidente.

Questão 2

(UFRN) Na Grécia Antiga, a cidade de Esparta desenvolveu um modo de vida profundamente militarista. Os esparciatas, descendentes dos primitivos invasores dórios, eram os únicos que gozavam de direitos políticos. Ocupavam-se com atividades guerreiras, estando, por isso, impedidos de exercer qualquer trabalho manual para a sua subsistência. Para garantir o sustento dessa classe dominante em Esparta, o Estado

A) tomava medidas que estimulavam o comércio no mar Mediterrâneo, gerando grandes lucros devido à cobrança de taxas alfandegárias.

B) desenvolvia intenso programa imperialista na bacia do mar Mediterrâneo, dominando toda a Grécia e recebendo, então, tributos das cidades dominadas.

C) distribuía aos esparciatas lotes de terras, que eram cultivados por escravos, obrigados a fornecer àqueles, anualmente, uma quantidade fixa de alimentos.

D) entregava aos esparciatas o controle dos genos, pequenas comunidades rurais que desenvolviam uma economia natural e coletivista.

Questão 3

(UFRN) Acerca de Alexandre Magno (356-323 a. C.), o historiador inglês Arnold Toynbee comenta: Alexandre viveu o bastante para superar a estreita concepção de uma ascendência helênica sobre os não-helenos, em favor de um ideal maior da fraternidade da humanidade. Em seu contacto com os persas, reconheceu e admirou todas as virtudes que lhes permitiram governar uma parte do mundo por mais de duzentos anos, e passou a sonhar com um mundo governado em conjunto por persas e helenos.

TOYNBEE, Arnold J. Helenismo: história de uma civilização. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. p. 118.

Analisando-se a evolução histórica do período, pode-se afirmar que, em parte, o ideal de Alexandre realizou-se na medida em que suas conquistas

A) estimularam a retomada do despotismo oriental, que se somou às conquistas de liberdade e direitos que fundamentaram a democracia grega.

B) favoreceram a fusão entre as culturas dos povos asiáticos dominados e os valores gregos, originando a cultura helenística.

C) possibilitaram o domínio das províncias asiáticas pelos romanos, que difundiram a cultura helenística em toda a Europa ocidental.

D) expandiram os direitos de cidadania a todos os súditos, adotando a autonomia e as liberdades gregas como modelo de administração do Império.

Questão 4

(UFRN) Do século V a.C. ao III a. C., Roma procurou expandir-se, acabando por dominar toda a península Itálica. Essas aspirações expansionistas foram motivadas

A) pela necessidade de obter gêneros alimentícios e acabar com as ameaças de invasão dos povos vizinhos rivais.

B) pelo desejo dos imperadores de controlar as revoltas existentes no Império, provocadas pelo excesso de população.

C) pela ambição de fundar uma poderosa confederação, constituída a partir da aliança com as colônias comerciais cartaginesas.

D) pelo ideal dos imperadores de construir um mundo dominado pelos povos latinos, com uma só língua e um só rei.

Questão 5

(UFPE) Na Grécia, durante a chamada Antiguidade Clássica, houve a formação de culturas diferentes que defendiam sociedades com práticas políticas, muitas vezes, em confronto. A cidade de Esparta, uma das

mais importantes, tinha:

0-0) uma legislação social flexível, preocupada com a ética e a justiça social.

1-1) uma estrutura social hierarquizada onde dominavam práticas militaristas.

2-2) uma sociedade sem escravos, apesar da presença de rigidez social.

3-3) uma aliança política com Atenas, em defesa da monarquia eletiva.

4-4) um conselho de anciãos, defensores da democracia entre os periecos.

Questão 6

(UFPE) As constantes guerras não impediram feitos culturais importantes na construção histórica de Roma. Não podemos negar seu significado para a produção literária ocidental. O poema de Virgílio, Eneida:

0-0) exaltou as guerras existentes no mundo antigo, ocidental e oriental, com destaque para a bravura militar de Júlio César.

1-1) criticou o despotismo dos imperadores romanos, defendendo as instituições democráticas e populares.

2-2) consagrou os atos heróicos dos romanos, lembrando os poemas homéricos de grande importância histórica.

3-3) descreveu os amores do autor e sua admiração por uma sociedade livre da opressão das monarquias vitalícias.

4-4) enalteceu a história de Roma e da Grécia, desde os tempos primordiais, com suas fortes instituições republicanas.

Questão 7

(UFPE) O crescimento do Império Romano contribuiu para aumentar suas dificuldades administrativas. O Direito

teve uma importância fundamental na superação dessas dificuldades. Na história do Ocidente, o Direito Romano:

A) foi totalmente superado pelos ensinamentos trazidos pelos mestres bizantinos da Idade Média.

B) mantém um lugar de destaque nos estudos das normas sociais existentes na Antigüidade.

C) teve uma importância limitada ao mundo europeu medieval, sendo esquecido pelos modernos.

D) conseguiu firmar-se no mundo europeu, mas manteve-se desconhecido nas culturas orientais.

E) está superado no mundo atual, não merecendo atenção dos estudos jurídicos contemporâneos.

Questão 8

(UPE) A sociedade humana constrói sua história, buscando superar suas dificuldades e refletindo sobre seus problemas. O teatro é uma representação artística de grande valor no mundo ocidental, colaborando para conhecer as angústias humanas e as possibilidades de criação. Na Grécia Antiga, as tragédias, como produção artística, tinham como objetivo

A) divertir a população mais velha e educá-la para a vida democrática na política e no cotidiano familiar.

B) redefinir o valor da religião, destruindo o significado dos mitos e inventando deuses mais astuciosos.

C) exaltar o poder da aristocracia, criticando a desigualdade social e defendendo a coragem dos heróis militares.

D) refletir sobre os problemas humanos, com preocupações educativas, para pensar nos limites existenciais de cada um.

E) enaltecer o povo grego, consagrando Homero e Sófocles como seus poetas épicos, construtores de personagens imortais.

Questão 9

“Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo.”

Flávio Arriano. Anabasis Alexandri (séc. I d.C.).

Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender

a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.

b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região.

c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no Egito.

d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico.

e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre.

Questão 10

“Num processo em que era acusado e a multidão ateniense atuava como juiz, Demóstenes [orador político, 384-322 a.C.] jogou na cara do adversário [também um orador político] as seguintes críticas: ‘Sou melhor que Ésquines e mais bem nascido; não gostaria de dar a impressão de insultar a pobreza, mas devo dizer que meu quinhão foi, quando criança, freqüentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a necessidade não me obrigasse a trabalhos vergonhosos. Tu, Ésquines, foi teu destino, quando criança, varrer como um escravo a sala de aula onde teu pai lecionava’. Demóstenes ganhou triunfalmente o processo.”

Paul Veyne, História da Vida Privada, I, 1992.

A fala de Demóstenes expressa a

a) transformação política que fez Atenas retornar ao regime aristocrático depois de derrotar Esparta na Guerra do Peloponeso.

b) continuidade dos mesmos valores sociais igualitários que marcaram Atenas a partir do momento em que se tornou uma democracia.

c) valorização da independência econômica e do ócio, imperante não só em Atenas, mas em todo o mundo grego antigo.

d) decadência moral de Atenas, depois que o poder político na cidade passou a ser exercido pelo partido conservador.

e) crítica ao princípio da igualdade entre os cidadãos, mesmo quando a democracia era a forma de governo dominante em Atenas.

Questão 11

Vegetius, escrevendo no século IV a. C., afirmava que os romanos eram menos numerosos que os gauleses, menores em tamanho que os germanos, mais fracos que os espanhóis, não tão astutos quanto os africanos e inferiores aos gregos em inteligência criativa. Obviamente Vegetius considerava os romanos, como guerreiros, superiores a todos os demais povos. Já para os historiadores, o fato de os romanos terem conseguido estabelecer, e por muito tempo, o seu vasto império, o maior já visto até então, deveu-se sobretudo

a) à inferioridade cultural dos adversários.

b) ao espírito cruzadista da religião cristã.

c) às condições geográficas favoráveis do Lácio.

d) à política, sábia, de dividir para imperar.

e) à superioridade econômica da Península itálica.

Questão 12

(UERN) Em Roma havia uma nítida distinção entre o Direito Público — que regulava as relações entre o cidadão e o Estado — e o Direito Privado — que tratava das relações dos cidadãos entre si. Deve-se acrescentar que as mulheres não eram passíveis de ser julgadas pelos tribunais públicos. Competia ao pater familias exercer o direito de justiças, na sua própria casa, sobre os membros da família subordinados à sua autoridade. (AQUINO et al,1980, p. 263).

De acordo com o texto e os conhecimentos sobre cultura na Antiguidade Clássica, pode-se afirmar:

01) A nítida distinção entre o Direito Público e o Privado, transplantada da era romana para o Novo Mundo, tem sido aplicada no Brasil, desde a oficialização da colonização e

do povoamento.

02) O Direito Público, instituído na Roma Antiga, permaneceu restrito à normatização das relações entre cidadãos de procedência patrícia e à categoria de escravos por dívidas.

03) A diferenciação evidente entre os dois tipos de direito resultou das exigências dos cristãos que compuseram os quadros do governo durante a República Romana.

04) O fato de ser o pater familias apto a exercer o direito de justiça sobre os membros da família subordinados à sua autoridade comprova que a sociedade da Roma Antiga tinha como suporte a família patriarcal

Questão 13

“O nascimento de um romano não é apenas um fato biológico. Os recém-nascidos (...) só são recebidos na sociedade em virtude de uma decisão do chefe de família; a contracepção, o aborto, o enjeitamento das crianças de nascimento livre e o infanticídio do filho de uma escrava são, portanto, práticas usuais e perfeitamente legais. Só são malvistas, e, depois, ilegais, ao se difundir a nova moral que, para resumir, chamamos de estóica”.

(VEYNE, Paul. O Império Romano. In: ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges (orgs). História da vida Privada. 7 ed., Vol. I. São Paulo: Cia. das Letras, 1992, p.23).

O trecho acima anuncia concepções de natalidade e de paternidade e o lugar que a infância ocupava na Roma Antiga. Todos os atos jurídico-sociais abaixo eram legitimados em Roma, EXCETO:

a) abandonar crianças consideradas adulterinas, ou seja, frutos da infidelidade feminina.

b) enjeitar ou afogar as crianças mal formadas, pois acreditava-se que não eram do bem e não tinham função social.

c) rejeitar um filho indesejado cujo nascimento estimulasse conflitos em decisões de testamentos de famílias muito ricas.

d) abandonar filhos para não vê-los corrompidos por uma educação medíocre que os tornaria indignos na visão de pessoas

“notáveis”.

e) castigar até a morte crianças consideradas pagãs ou bruxas, pois pensava-se que estas contribuíam para o desequilíbrio

espiritual dos homens.

Questão 14

O mundo clássico foi marcado por uma multiplicidade de culturas e experiências históricas, entre elas, a cultura de uma racionalidade completamente diferente da formulada pela filosofia moderna. A cultura grega, em alguns momentos, foi representada por peças teatrais, declamações e cantos, e foi denominada de Tragédia Grega.

Assinale (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas:

O modelo de racionalidade, vivenciado pelos gregos e representado pela Tragédia Grega difundia:

( ) o “penso logo existo” como imprescindível para a existência do ser humano.

( ) o ser humano como um animal possuidor de atitudes instintivas.

( ) o ser humano ideal como aquele centrado e capaz de modificar o mundo a partir de um ideário cristão.

( ) a paixão e o desejo do ser humano semelhantes aos dos deuses.

( ) a cultura constituindo-se parte integrante da formação do ser humano, em especial, para enfrentar as armadilhas do destino.

A seqüência correta é:

a) V V F V F. b) F F V V F. c) F V F V V. d) F V V F V. e) V V F F F.

HISTÓRIA ANTIGA: GRÉCIA E ROMA

Eixo temático: As leituras do saber histórico sobre as relações de poder na formação do mundo clássico.

“No início do século I da nossa era, um pequeno escravo de origem asiática (filho de escravos, ou encontrado menino num monte de estrume, ou ainda vendido pelos pais) é conduzido a Roma, onde, comprado por um grande senhor, vem a tornar-se o seu homem de confiança. Ao morrer, o patrão faz dele o continuador da sua fortuna e do seu nome. Então o nosso liberto (estamos na época neroniana) vende os terrenos herdados e lança-se nos negócios, no comércio de alto nível, em especulações de todos os tipos. Mas, assim que se torna rico (...) sabendo bem que só o otium [ócio] e a terra enobrecem, renuncia às suas empresas para comprar terras e passar a viver dos rendimentos, como um aristocrata. Só que a sociedade hierarquizada em que vive não lhe concede o direito de renegar o passado: Trimalquião, limitado agora a um futuro sem horizontes, só em sonhos poderá renegar o seu passado”

VEYNE, Paul. A Sociedade Romana. Lisboa: Edições 70, 1993, p. 11.

Considerando as temáticas tratadas no texto, responda às questões 15 e 16.

Questão 15

Sobre as informações abaixo, que tratam da situação da escravidão e da liberdade em Roma, na época imperial, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O escravo podia ascender economicamente, sem, no entanto, atingir à condição de cidadania.

b) O escravo era uma propriedade de seu senhor; os maus-tratos, a ele destinados, eram censurados por serem vistos como atos que feriam a “moral” aristocrática.

c) A escravidão podia se estabelecer pelo nascimento, pela captura, pela negociação do capturado e pela negociação paterna.

d) O escravo podia questionar juridicamente, em seu nome, prejuízos que viesse a ter, acusações que sofresse e responder por infrações cometidas.

e) O escravo podia ser aceito como sacerdote em devoções coletivas.

Questão 16

Sobre a aristocracia romana na época imperial, é CORRETO afirmar que

a) se deslocava para as regiões desérticas com o objetivo de alcançar o auto-conhecimento, a partir da prática do isolamento.

b) orientava-se pela prática do ócio em detrimento do trabalho e por regras que indicavam sua condição de ‘bem -nascido’.

c) sua participação nos bacanais foi responsável pelo aumento populacional nas principais cidades sob domínio romano.

d) tinha nas filosofias Estóica, Epicurista e Cínica sua orientação de vida.

e) mantinha-se afastada das disputas políticas, atividade de menor relevância na vida de um aristocrata.

Questão 17

A sociedade grega criou seus mitos e deuses, mas também elaborou um pensamento filosófico que expressava sua preocupação com a verdade e a ética.

Além de Aristóteles, Platão e Sócrates, muitos pensadores merecem ser citados e discutidos, como os sofistas, que:

A) defenderam a liberdade de expressão, embora estivessem ligados à aristocracia ateniense, contrária à ampliação da cidadania.

B) construíram reflexões sobre o comportamento humano que serviram de base para Aristóteles pensar a sua metafísica.

C) criticaram a existência de verdades absolutas, afirmando ser o homem a medida de todas as coisas.

D) ajudaram a consolidar o pensamento conservador grego, reafirmando a importância da mitologia.

E) formularam princípios éticos, revolucionários para a época e de grande significado para o pensamento de Platão.

Questão 18

Os poemas homéricos são fontes históricas para conhecer-se os primeiros tempos da cultura e da sociedade gregas. No chamado período homérico:

A) a sociedade grega tinha na religião sua grande base de poder.

B) os gregos conservaram formas de governo sem intervenção da religião.

C) essa sociedade viveu as primeiras experiências democráticas.

D) observa-se uma grande atuação dos principais filósofos gregos.

E) os gregos valorizaram o pacifismo e o teatro épico de Aristófanes.

Questão 19

Na história política de Roma, durante os governos monárquicos, os plebeus:

A) possuíam latifúndios, exercendo influência sobre as relações políticas existentes na época.

B) não eram cidadãos romanos, mas tinham poderes políticos destacados, inclusive, na escolha dos monarcas.

C) dominavam o núcleo central do poder, obtendo vitórias nas eleições em face dos seus privilégios políticos.

D) gozavam de privilégios diferentes daqueles concedidos aos patrícios, pois não eram vistos como descendentes dos fundadores de Roma.

E) tornaram-se grandes proprietários de terra e exportadores da produção agrícola de Roma para a Grécia.

Questão 20

A Grécia conviveu com formas políticas de governo variadas que contribuíram para debates significativos sobre a ética e a cidadania. A experiência política dos gregos, no período governado por Péricles, em Atenas:

0-0) reforçou a monarquia eletiva, com a ampliação da cidadania para os estrangeiros asiáticos, garantindo um sistema democrático na escolha dos governantes.

1-1) promoveu a divisão da população da Ática em dez tribos, contribuindo para o fortalecimento de práticas democráticas, de acordo com as condições da época.

2-2) consolidou o poder da nobreza, influenciando o surgimento da tirania e do ostracismo e excluindo os estrangeiros da participação política.

3-3) trouxe uma maior consolidação da democracia, com a existência de uma assembléia, onde votavam os cidadãos Atenienses, revelando um grande interesse pelos debates políticos.

4-4) garantiu maior poder para os cidadãos, transformando a Bulé no órgão mais importante do governo, garantindo novos rumos para as relações políticas da época, em toda a Grécia, e condenando o imperialismo dos persas.

Questão 21

Na construção da sociedade ocidental, há um destaque, dado por muitos historiadores, aos feitos da civilização grega, nos setores mais diversos da sua vida. Muitos feitos culturais dos gregos:

A) permanecem atuantes na contemporaneidade, contribuindo para o pensamento ocidental, inclusive na formulação de seus valores éticos e políticos.

B) distanciam-se totalmente dos princípios dos nossos tempos, não sendo retomados pelos pensadores do mundo atual.

C) estão restritos aos tempos da Antigüidade clássica, onde predominavam os interesses da aristocracia comercial de Atenas.

D) são diferentes dos feitos dos romanos e dos de outros povos da Antigüidade, pela universalização das suas práticas democráticas e estéticas.

E) ficaram restritos às conquistas estéticas da arquitetura e da escultura, onde se salientava a harmonia das formas como princípio estético.

Questão 22

A revolução trazida pelo Cristianismo abalou os alicerces éticos do mundo antigo, contribuindo para se pensar as possibilidades de solidariedade, num mundo cheio de conflitos. Com o seu crescimento, o Cristianismo:

A) conseguiu tornar-se a religião dominante até os tempos atuais, fugindo das relações com as políticas dos governos nacionais e mantendo sua autonomia.

B) divulgou uma ética que influenciou o mundo ocidental, colocando-se, muitas vezes, contra as desigualdades produzidas pelo capitalismo e por suas injustiças sociais.

C) trouxe valores importantes que estão presentes na sociedade ocidental, mas totalmente ofuscados pelas outras religiões mais modernas e pragmáticas.

D) tornou-se a maior religião do Ocidente, não conseguindo, no entanto, nenhuma divulgação entre os povos orientais.

E) destacou-se pela originalidade dos seus valores, sem vínculos históricos com os princípios das religiões predominantes localizadas na Antigüidade oriental.

Questão 23

O teatro trouxe expressões artísticas importantes para a formação do povo grego, as quais repercutiram historicamente no mundo ocidental. As tragédias gregas tinham, assim, notável força dramática e:

0-0) possuíam grande conteúdo ético, embora fossem distantes das manifestações religiosas.

1-1) tiveram repercussões na construção da filosofia e na cultura.

2-2) se restringiam às grandes ações dos mitos ligados às elites.

3-3) expressavam momentos de conflito dos homens com a sua existência.

4-4) são iguais às tragédias modernas, explorando a ironia e o humor.

Questão 24

Em uma casa romana aristocrática, habitada pelo pai da família, sua mulher, esposa em justas bodas, filhos, filhas, escravos e ex-escravos libertos, cada um tinha seu papel definido. Sobre os costumes das filhas de uma família aristocrática romana, é correto afirmar que:

A) a jovem herdava o orgulho do pai, acrescido da fortuna que lhe cabia, a qual geralmente não era transmitida ao marido.

B) em geral, as filhas de um nobre romano não tinham direitos iguais aos filhos homens que herdavam mais bens patrimoniais.

C) cabia às filhas da nobreza romana apenas a clientela pertencente à sua estirpe.

D) em caso de morte dos pais, as jovens aristocráticas solteiras não poderiam comandar uma casa romana; elas só mantinham suas posições de poder através de casamentos.

E) ligações amorosas ou casamentos com viúvas da aristocracia romana eram proibidos pela legislação romana, fundamentada no pátrio poder.

Questão 25

Sobre o processo de expansão das cidades gregas, ocorrido por volta de 750 a.C., assinale a alternativa correta.

A) Todas as conquistas realizadas durante asegunda diáspora grega tiveram por base vias continentais em que os caminhos terrestres foram os de maior importância.

B) Com a melhoria das técnicas de navegação, incluindo a utilização da âncora, foi possível a conquista de novas áreas via Mediterrâneo, onde poderosos impérios dificultavam a expansão grega.

C) A travessia dos mares pelos gregos foi dificultada pela ascensão do poder bélico do Império Fenício na Ásia.

D) A exportação de gêneros alimentícios gregos para áreas conquistadas só foi possível devido ao desenvolvimento de novas técnicas e à alta produtividade agrícola.

E) A segunda diáspora veio a ser a solução para garantir a situação sócio-econômica dos gregos.

Questão 26

“A escravidão pressupunha certo nível de desenvolvimento das forças produtivas (força de trabalho, ferramentas, matérias primas, técnicas, etc.) (...). O homem só podia apropriar-se plenamente de seu semelhante e, portanto, de parte do trabalho dele, quando determinadas condições históricas estavam reunidas. Inicialmente, era necessário que o cativo produzisse, em forma sistemática, acima de suas necessidades mínimas vitais, podendo assim entregar um excedente ao Senhor.” (Mario MAESTRI. O escravismo antigo. São Paulo: Atual, 1990. p. 03).

O trecho acima aborda a escravidão na Antiguidade clássica. Sobre essa forma de trabalho, muito utilizada na Grécia e em Roma, pode-se afirmar corretamente que:

A) o escravo era considerado uma mercadoria, podendo ser vendido, trocado ou alugado. No entanto, parte do resultado do seu trabalho era obrigatoriamente revertido em pecúlio, o qual seria utilizado para libertar os filhos nascidos no cativeiro.

B) uma particularidade da escravidão, na antiguidade, era o fato de que o status de escravo, em hipótese alguma, era transmissível aos filhos.

C) a escravidão antiga era uma prática particularmente rural, voltada à produção agrícola e ao pastoreio. Nas áreas urbanas, a utilização da mão-de-obra escrava era quase inexistente.

D) os escravos, na Grécia Antiga, eram largamente empregados em diversas funções, tais como: funcionários públicos, carrascos, varredores de ruas e lavradores, além de serem muito presentes na produção artesanal / industrial.

E) a figura do escravo manumitido, no mundo romano, era praticamente inexistente. As restrições impostas às relações entre senhores e escravos tornavam o status de escravo quase vitalício, o que fazia com que nem mesmo os cativos que ocupassem postos relevantes junto aos senhores conseguissem a liberdade.

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